Walker Evans encontrou o equilíbrio adequado para registrar a Grande Depressão. E se tornou um dos principais fotodocumentaristas de todos os tempos
Por Eder Chiodetto
NA CRISE
Truck and Sign, 1930. Ao perseguir a documentação do visível, como na foto do caminhão que carrega um letreiro com a palavra "danificado", Evans foi na contramão das vanguardas da época, que perscrutavam a subjetividade do homem
OUTRA DIREÇÃO
- Traffic Arrow, entre 1973-1974. Realizadas nos últimos anos de vida de Evans, as fotos tiradas com câmera Polaroid retomam o devaneio estético e as experiências menos engajadas - e mais lúdicas - do início de sua carreira
ESPERANÇA
West Virginia Living Room, 1935. Os personagens de Evans preservam no fundo dos olhos a crença em dias melhores, como nesta brilhante e irônica contraposição entre um menino e anúncios publicitários. Entre seus seguidores está o suíço Robert Frank, consagrado pelo registro dos Estados Unidos do pós-guerra no livro Os Americanos (1958)
UM OLHAR
Alabama Tenant Farmer, 1936. De semblante sério, o camponês Floyd Burroughs encara o fotógrafo. A roupa puída, o fundo negro e a luz uniforme, além da composição centralizada - apenas aparentemente banal -, geram hipnotismo em quem os observa
DE PASSAGEM
Subway Passengers, New York, 1938. Na saborosa série de anônimos no metrô de Nova York, feita nos anos 40, Evans captou as pessoas em trânsito, sem se deixar perceber. Sua invisibilidade é diretamente proporcional ao grau de naturalidade de seus flagrantes
Excavation for Lincoln Building, East 42nd Street and Park Avenue, 1929. Em ângulos incomuns, os arranha-céus de seus primeiros registros, na década de 1920, são uma clara referência ao modernismo do início do século XX
Retirado do site da revista Bravo!
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