quinta-feira, 21 de maio de 2009

C_mpl_te, uma análise in-c_mpl_ta!

Por: Alex Rodrigues Calango

A primeira vez que ouvi a salada sonora, ou a famosa "feijoada búlgara", do Móveis Coloniais de Acaju foi num programa da TV Câmara, inevitavelmente eu larguei o controle e desisti de zapear, acabava de encontrar o som que eu nunca procurei.

Fui logo atrás de conseguir o cd “IDEM”, sensacional, dançante, morgado, frustrante, alegre, eram todos os antônimos juntos, a frase que faz parte do coro da música, Seria o Rolex, reflete bem essa síntese de antônimos “(...)Sou apenas mais um alegre deprê(...)”.

Atualmente recebi um bombardeio, que veio de diversas direções (jornais, internet, amigos, namorado da minha mãe...), que me diziam do cd novo do MCA, lançado de graça, (isso mesmo, free, 0800, 9090...) pelo selo Trama, que já lançou álbuns virtuais do Ed Mota, Macaco Bong e Tom Zé, entre outros, e todos seguindo mesma proposta , “de graça pra você, remunerado pra o artista”. O cd, chamado de C_mpl_te, pode ser baixado de graça e COMPLETO, com capa, encarte com letras e até a frente do cd - pra você imprimir e colar naquele cd virgem que você comprou na promoção por R$0,69.

Depois de muita dificuldade – sem internet, pc do estágio bloqueado pra fazer downloads, sem grana pra ir na lan house - consegui baixar o cd. Ainda não ouvi tanto, mas o pouco que ouvi, já me agradou muito. Na verdade a “feijoada búlgara” do primeiro cd deu espaço a uma “comidinha” mais light, não quero dizer com isso que a qualidade diminuiu ficou ruim ou qualquer coisa do tipo, afinal, o nível continua o mesmo, as letras também, somente a musicalidade ficou um pouco menos calórica.

Destaque para as músicas Adeus, Cão Guia, Cheia de Manha e a divertida Lista de Casamento.




Link pra download do cd: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/flash_download.jsp?id=1128131101

terça-feira, 19 de maio de 2009

Café de amanhã

Alex Rodrigues

Me faço de novo
Como pão com ovo
café preto
e um bocado de açucar

Me esquento
Ou tomo frio
melhor mesmo seria
se não fosse tão infantil

Confetes, chicletes
Mobiletes ou charretes

Entre claquetes
Escreve meu próprio filme
Autobiográfico
Autoemotivo
Autoritário


Me basta de tanto lodo
Escorrego de novo
e volto novamente de onde parti
-Me vê um pão com ovo.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Oinc, atchin... saúde!

Por Alex Rodrigues

Quando era criança, devido a pressões culturais (pois nunca fui muito chegado a futebol), cheguei a me dizer torcedor do Corinthians. Aos 11 anos passei férias em Brasília com uma parte da minha família, que é Adventista do 7º Dia. Mas nenhum desses fatores me fez ter tanta raiva de porco quanto os últimos dias.

Essa tal de gripe do porco é de lascar, não se fala em outra coisa que não seja a dita cuja.
Mas o que tem me deixado doente não é a “influenza suína”, mas sim o destaque dado pela mídia alarmista, sensacionalista e amante de cenários apocalípticos. E o pior é que muitos veículos sérios suitaram (ou seria “suináram”) esse apo[r]calipse midiático.

Existem doenças (patológicas ou não), que matam muito mais do que um “porco com falta de vitamina C”, e que não recebem a devida atenção da mídia. E na máxima que persegue o nosso jornalismo de: “divulgar primeiro e pesquisar depois”, o povo anda com medo até de comer salsicha e acabar ficando gripado.
Talvez eu esteja sendo ignorante, ou esteja sendo “influenziado” por pensamentos de “teorias da conspiração”, mas nada me tira da cabeça que existe algo por trás de todo esse alarde. Já ousei demais em pensar que possa haver algo por trás de tudo isso, não serei presunçoso em tentar dizer o que seria, apenas penso que algo não cheira bem, e não é o coitado do porco que sempre leva a pior, que o diga o Coringão.