
Estátua de Iemanjá na Praia do Meio - obra do artista assuense Etewaldo Santiago
Estátua de José Augusto
A reportagem, publicada neste domingo na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal), informa ainda que não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja nem se exige um número mínimo de fiéis --basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório.
Além de IR e IOF, igrejas estão dispensadas de IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos) e ISS (serviços), entre outros impostos. Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e aguardando votação no Senado, se materializar, mais vantagens serão incorporadas.
____________________________________________________________________da Folha Online
Dan Brown, autor de "O Código da Vinci"
Um dos maiores sucessos de venda dos últimos anos, "O Código da Vinci", de Dan Brown, foi eleito pela equipe do suplemento de literatura do jornal inglês "The Times" como o pior livro da década. Em contrapartida, "A Estrada", de Cormac McCarthy, foi escolhido como o melhor de todos.
"O Código da Vinci" vendeu mais de 70 milhões de exemplares pelo mundo todo e tornou-se um dos maiores fenômenos da história no mercado de livros. O novo livro de Dan Brown, "O Símbolo Perdido" vai pelo mesmo caminho: no primeiro dia em que chegou às livrarias atingiu a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Mesmo com todos esses números de vendas, para o jornal, o que desqualifica o best-seller de Dan Brown é o seu texto, já que sua introdução "parece o início de uma história de um tablóide e não de um livro".
Na contramão dos gostos e desgostos do "The Times", este livro de Dan Brown ocupa também a décima posição entre os melhores livros da década. (Vai entender esse povo e suas manias de listas, né?!)
Em segundo lugar entre os piores, aparece o best-seller de autoajuda "O Segredo". A obra ensina a atingir o sucesso mantendo um pensamento positivo. Segundo o The Times, as referências a Jesus, Newton, Beethoven e Einstein fazem dele "insuportável".
A modelo inglesa Katie Price, também conhecida como Jordan, aparece com sua autobiografia "Being Jordan" (sem tradução para o português) na terceira posição do ranking dos piores livros da década. E é considerado influente, mas não de uma boa maneira.
"Vernon God Little" ocupa o quarto lugar entre os piores e narra a vida de um adolescente sarcástico, que tem uma mãe com problemas emocionais. Apesar de ter ganho o prêmio "Man Booker 2003" como um romance de humor negro que reflete o fascínio e o medo que temos pela América, o "The Times" acha que os elogios ao livro não são merecidos.
Finalizando a lista, "Dylan's Visions Of Sin", sem tradução para o português, aparece em quinto lugar. O livro analisa as letras das canções de Bob Dylan. Segundo o jornal, "esta carta de amor a Dylan é tão embaraçosa de ler quanto uma carta adolescente em que você não está envolvido".
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Fonte: Folha Online
Por Eder Chiodetto
NA CRISE
Truck and Sign, 1930. Ao perseguir a documentação do visível, como na foto do caminhão que carrega um letreiro com a palavra "danificado", Evans foi na contramão das vanguardas da época, que perscrutavam a subjetividade do homem
OUTRA DIREÇÃO
- Traffic Arrow, entre 1973-1974. Realizadas nos últimos anos de vida de Evans, as fotos tiradas com câmera Polaroid retomam o devaneio estético e as experiências menos engajadas - e mais lúdicas - do início de sua carreira
ESPERANÇA
West Virginia Living Room, 1935. Os personagens de Evans preservam no fundo dos olhos a crença em dias melhores, como nesta brilhante e irônica contraposição entre um menino e anúncios publicitários. Entre seus seguidores está o suíço Robert Frank, consagrado pelo registro dos Estados Unidos do pós-guerra no livro Os Americanos (1958)
UM OLHAR
Alabama Tenant Farmer, 1936. De semblante sério, o camponês Floyd Burroughs encara o fotógrafo. A roupa puída, o fundo negro e a luz uniforme, além da composição centralizada - apenas aparentemente banal -, geram hipnotismo em quem os observa
DE PASSAGEM
Subway Passengers, New York, 1938. Na saborosa série de anônimos no metrô de Nova York, feita nos anos 40, Evans captou as pessoas em trânsito, sem se deixar perceber. Sua invisibilidade é diretamente proporcional ao grau de naturalidade de seus flagrantes
QUINTA-FEIRA – 19 DE NOVEMBRO
PROJETO TRINCA (RN)
VISITANTES (SP)
AUTOMATICS (RN)
SEXTA-FEIRA – 20 DE NOVEMBRO
EU SEREI A HIENA (SP)
CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA (RN)
A BANDA DE JOSEPH TOURTON (PE)
SÁBADO - 21 DE NOVEMBRO
SEUZÉ (RN)
EXPERIÊNCIA ÁPYUS (RN)
MACAXEIRA JAZZ (RN)
Subi morro, ladeira, córrego, beco, favela, até chegar lá. Das ruas que circundam o recanto mais pop do underground potyguar, a Rua Chile, já se escutavam os sons vindo da nona edição do Festival do Sol. Sábado, o primeiro dia de festival ja é conhecido pelos ritmos dançantes e bandas mais “lights”, ao contrário da conhecida brutalidade das bandas do segundo dia. Cheguei propositalmente atrasado – 18 horas - , o festival começava as 15:30, e as primeiras bandas não me chamavam tanta atenção. Entrei no Armazém Hall e os catarinenses do Cassim & Barbaria já estavam no palco. Com um som experimental, dois bateristas e um baixista a lá Tropeço (ver: Família Addams) a banda não estigou muito o público presente, que só se mexeram quando o vocalista jogou um punhado de apitos de plástico para que o pessoal assoprasse e fizesse as zuadas necessárias para compor uma música.
Não assisti ao show do Bugs. Em seguida vieram os baianos do Vendo 147, excelente banda de instrumental, a qual eu já havia baixado um EP que nem pode ser comparado ao que os caras fazem ao vivo. Passando por cima do pouco espaço reservado para a bateria – e que daria trabalho para outros bateristas – o Vendo 147 colocou dois bateristas para tocaram na mesma bateria, um de frente para o outro, com direito a trilha de Caverna do Dragão e tudo mais. Resultado: uma das melhores atrações do festival.
Depois vieram os comedores de camarão d’Os Bonnies, com seu roquenrôu pra lá de conhecido nessa terrinha de Noel. Depois d’Os Bonnies, foi a vez do organizador do festival – Anderson Foca - apresentar o seu novo trabalho como baixita do Rejects. A banda até que tem um som trabalhado, mas nada de muito novo, mantendo a linha de bandas como Motorhead, Metallica e afins. A banda só animou o público, quando tocou um cover de “Rockin’in the Free World” do Neil Young.
Três figuras. Dois topetes/moicanos ao melhor estilo rockabilly/anos 50. Uma guitarra. Uma bateria. E um baixo acústico estilizado, com o nome da banda curitibana de psychobilly, Sick Sick Sinners, era o que compunha o palco do DoSol, enquanto uns baianos aqueciam seus Retrofoguetes, no palco do Armazém. Esta foi mais uma banda que encabeçou a minha lista de melhores atrações do festival. Com um som que mistura Surf Music, música de auditório, Tarantino’s Music e roquenrôu, os caras do Retrofoguetes agitaram - e muito - o público presente. Se é pra defini-los em um único estilo musical, escolho... Divertido.
O que poderia sair do cruzamento de Seu Madruga + Jimi Hendrix + Jack White + participação especial de Valderrama? Uma versão jamaicana de White Stripes? Não. Uma dupla sergipana chamada The Baggios. Tendo seu baterista original substituído de última hora por um jovem rapaz que muito me lembrou o colombiano Valderrama, a banda não fez feio de forma alguma. Particularmente gostei muito do som, que mistura blues, rock de garagem e otras cositas mas.
Infelizmente perdi boa parte do show que eu tanto esperava. Quando os canadenses do Danko Jones entraram no palco, eu saí para resolver como seria a minha árdua volta pra casa, naquela – já então – madrugada. Ainda consegui escutar uma das minhas músicas favoritas “Code of the Road”, que abriu o show dos caras. Conversa vai, conversa vem. Ligações e mais ligações telefônicas em busca da resolução de meus problemas de retorno à minha humilde residência, perdi também o show da banda pernambucana Nuda.
No momento em que os natalinos do DuSouto entraram no palco, eu já estava praladebaguidá e nem me animei tanto com o show. Não que os caras estivessem desanimados, muito pelo contrário. Eles mandaram muito bem e fizeram a galera suar a camisa ao som de músicas cantadas e dançadas em um imenso coro/corpo de baile que não deixava a banda sair do palco. Após o swing do DuSouto, o pessoal também swingado da Orquestra Boca Seca continuou embalando o pessoal com uma sonoridade tipicamente brazuca, preparando o pessoal pra o fechamento do primeiro dia com Eddie.
A banda pernambucana conseguiu de forma mágica fazer com que, até os mais cansados, fossem embalados pelas excelentes músicas que mesclam rock, manguebeat, dub, samba e afins, com letras extremamente criativas, e que fazia todo mundo cantar junto. Ao final do primeiro dia do Festival do Sol, restou-me a boa impressão das bandas baianas de instrumental (Vendo 147 e Retrofoguetes ) e um retorno triunfal ao meu humilde domicílio, de ônibus.
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Fotos: Vanessa Trigueiro para a Revista Catorze