Desde pequeno um desejo lhe ardia o peito e lhe tirava o sono. Agora já era grande, dono de si. Sabia o que queria. Realizaria seu desejo. Conferiu os suprimentos, os mapas, e a embarcação. Partiu. Em terra firme deixou apenas um recado, fixado numa placa próxima ao porto:
“Vou navegar pelos sete mares. Sentirei saudades!”
Alberto
E lá se foi Alberto. Ninguém sabe de quem ele sentirá saudade. Não tem família, amigos, ou mulher. Não tem nada. Ou talvez seja o nada tudo que ele tem. Diante da imensidão do mar, quem sabe seja justamente do nada a saudade que já começava a invadir-lhe o peito. Boa viagem Alberto. Só não se esqueça de escrever.
Vai partir mesmo, Alberto?
ResponderExcluirSó não se esqueça de escrever...
ResponderExcluirMeu Amigo, cada dia mais belo o que escreve. Quero te ver, saudades.
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