O hermano naturalizado brasileiro, Hector Babenco, dirige e escreve – junto com Marta Góes - O Passado, com uma primorosa magia melodramática, romântica, doce, mas amarga, dura e forte, como a vida normalmente costuma ser com aqueles que se entregam aos amores.
O filme baseia-se no romance do argentino Alan Pauls, e conta a história do jovem tradutor Rímini (Gael García Bernal), envolvido desde a adolescência com Sofia (Analía Couceyro), e que depois de 12 anos de casados resolvem se separar. Após a separação, ambos tentam seguir adiante com a vida, reconhecendo que aquela era a melhor atitude a ser tomada pelos dois. Rímini, de forma inusitada, conhece a modelo Vera (Moro Angheleri). Seu romance com Vera desperta o ciúme de Sofia, que vê o homem da sua vida escapar-lhe pelas mãos – de outra. Após um incidente envolvendo Vera, Rímini se envolve com Carmen, mulher mais velha que ele e companheira de trabalho. Rímini casa com Carmen. Rímini engravida Carmen. Agora são, Rímini, Carmen e Lúcio. Ainda fruto do incidente envolvendo Vera, Rímini começa a sofrer de constantes surtos de amnésia, o que o impossibilita de trabalhar. Certo dia Sofia reaparece em sua vida, e carrega Lúcio consigo, fazendo Carmen achar que Rímini o havia seqüestrado.
O conflito psicológico envolvendo todos os personagens da trama é simplesmente fascinante. A loucura, o desejo, o amor, e todos os elementos que permeiam o sangue dos amantes latinos (que vão do diretor aos protagonistas), nos fazem delirar com este filme que é uma ode aos amores imperfeitos.
Sofia jamais conseguiu esquecer Rímini. Talvez ela nunca tivesse quisto tal coisa. Ele por sua vez, se mostra sempre vitimado pelas circunstâncias da vida e pelos amores brutos - perdoem-me o trocadilho infame.
Rímini indica o homem moderno. Submisso, sujeito. Enquanto Sofia representa a mulher voraz, sedenta por ser amada e capaz de ir até onde se fizer necessário atrás do seu amor.
O Passado é um filme para se dizer “-NÃO” as formulas prontas e pré-concebidas do amor. E que ao final conseguimos perceber que o amor não nos pertence. O amor é autônomo. É livre. É ele. O amor pode chegar com a sutileza de um sorriso, na mesma medida que saíra com um bater de porta, e você perceberá que tudo o que aconteceu agora, já faz parte do passado.
Trailer
nossa, deu vontade de ver...
ResponderExcluir=)
Deu muita vontade de ver...
ResponderExcluirBom! Acho que ja esta mais do que indicado né?! Eu pelo menos - como vocês poderam vêr - gostei muito!
ResponderExcluirQuando e onde?
ResponderExcluir=)
Nunca vi o filme, mas já adicionei na lista dos próximos a ver.
ResponderExcluirEu sou do tipo que não gosto das fórmulas prontas para o amor... Minha alma "metida" não me permite. Gosto das coisas incomuns... Porque são mais imprevisíveis, porque são mais belas :)
Enfim... e no mais, García Bernal é encantador. Seja do amor incomum, no bruto ou no poético e sensível... :) Desde que o vi como infinito sonhador atravessando o rio a encontrar com os excluídos, me apaixonei... No fundo, vi nele, no personagem Che, um pouco da ânsia que tenho em mim de quebrar certos conceito e de me lançar atrás dos meus ideiais... Senti uma espécie de amor sublime e cinematográfico :D
E é isso!
=)