quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Alberto não gosta de futebol
Ferido, Alberto chorou sentado na calçada da casa da sua mãe.
Helena havia dito que só gostava dele como amigo.
Nesse dia Alberto não foi ao campinho jogar bola.
E assim seguiu-se por toda a sua vida.
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Não, eu não abandonei o blog - mais uma vez - apenas estou sem tempo e sem cabeça pra escrever.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"Aproveite" - Projeto Trinca
Projeto Trinca
"Aproveite"
O Nosso Disco Dava um Filme
Direção: Alex Rodrigues, Andreza Seixas,
Artur Correia e Tainá Dantas.
Realização: Calunga Filmes
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Manual do Amor
No primeiro "fascículo" - digo fascículo, pois no filme realmente existe um "Manual do Amor", dividido em 4 fascículos que abordam os temas ja citados - temos o dilema da paixão. Tommaso (Silvio Muccino) é um jovem desempregado que diante de uma situação inusitada se vê apaixonado por Giulia (Jasmine Trinca), que nada quer com ele.
Depois temos Barbara (Margherita Buy) e Marco (Sergio Rubini), que após anos de casado enfrentam a crise, beirando a separação. O dilema do casal está em saber se um filho salvaria ou não o relacionamento dos dois.
Após Marco ser multado pela policial Ornella (Luciana Littizzetto), a história se volta para o conflito de Ornella em descobrir que o seu marido a traiu. Daí em diante Ornella vira uma lenda viva nas ruas italianas. O terror dos motoristas. O terror de Goffredo (Carlo Verdone).
O Abandono
Goffredo, foi recentimente abandonado pela mulher. Sem saber se quer o motivo do abandono, o médico tenta reconstruir a sua vida seguindo as dicas de um tal "Manual do Amor".
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A separação também pode ser parte de uma história de amor
O hermano naturalizado brasileiro, Hector Babenco, dirige e escreve – junto com Marta Góes - O Passado, com uma primorosa magia melodramática, romântica, doce, mas amarga, dura e forte, como a vida normalmente costuma ser com aqueles que se entregam aos amores.
O filme baseia-se no romance do argentino Alan Pauls, e conta a história do jovem tradutor Rímini (Gael García Bernal), envolvido desde a adolescência com Sofia (Analía Couceyro), e que depois de 12 anos de casados resolvem se separar. Após a separação, ambos tentam seguir adiante com a vida, reconhecendo que aquela era a melhor atitude a ser tomada pelos dois. Rímini, de forma inusitada, conhece a modelo Vera (Moro Angheleri). Seu romance com Vera desperta o ciúme de Sofia, que vê o homem da sua vida escapar-lhe pelas mãos – de outra. Após um incidente envolvendo Vera, Rímini se envolve com Carmen, mulher mais velha que ele e companheira de trabalho. Rímini casa com Carmen. Rímini engravida Carmen. Agora são, Rímini, Carmen e Lúcio. Ainda fruto do incidente envolvendo Vera, Rímini começa a sofrer de constantes surtos de amnésia, o que o impossibilita de trabalhar. Certo dia Sofia reaparece em sua vida, e carrega Lúcio consigo, fazendo Carmen achar que Rímini o havia seqüestrado.
O conflito psicológico envolvendo todos os personagens da trama é simplesmente fascinante. A loucura, o desejo, o amor, e todos os elementos que permeiam o sangue dos amantes latinos (que vão do diretor aos protagonistas), nos fazem delirar com este filme que é uma ode aos amores imperfeitos.
Sofia jamais conseguiu esquecer Rímini. Talvez ela nunca tivesse quisto tal coisa. Ele por sua vez, se mostra sempre vitimado pelas circunstâncias da vida e pelos amores brutos - perdoem-me o trocadilho infame.
Rímini indica o homem moderno. Submisso, sujeito. Enquanto Sofia representa a mulher voraz, sedenta por ser amada e capaz de ir até onde se fizer necessário atrás do seu amor.
O Passado é um filme para se dizer “-NÃO” as formulas prontas e pré-concebidas do amor. E que ao final conseguimos perceber que o amor não nos pertence. O amor é autônomo. É livre. É ele. O amor pode chegar com a sutileza de um sorriso, na mesma medida que saíra com um bater de porta, e você perceberá que tudo o que aconteceu agora, já faz parte do passado.
Trailer
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Simples e complexo, como uma torta de maçã
Incrivelmente os melhores filmes que eu já assisti foram aqueles dos quais eu nada – ou quase nada – sabia. Foi assim com Perfume, O Cheiro do Ralo e Entre o Bem e o Mal.
Comecei a assistir Entre o Bem e o Mal (Título Original: Adam’s Apple) sem saber absolutamente nada sobre ele, sem se quer ler uma sinopse.
De cara o filme tem uma estética linda. Excelente fotografia. E apesar de girar em torno de praticamente dois cenários (a igreja e o hospital), e com um elenco que poderia se resumir em cinco pessoas – exceto por alguns poucos figurante que mal formariam um time de futebol - o filme em momento algum perde ritmo. É simples e complexo, como uma torta de maçã.
O inesperado, o incrível, o surreal, e até o clichê se juntam para compor esta belíssima obra dinamarquesa do diretor Anders Thomas Jenses, que escreveu junto com Lars Von Trier o atual e polêmico Anticristo.
Adam (Ulrich Thomsen) é um skinhead recém saído da prisão, e que cumprirá pena prestando serviços comunitários em uma pequena igreja dinamarquesa, conhecida por acolher e reabilitar criminosos como o pervertido sexual Gunnar (Nicolas Bro) e o terrorista Khalid (Ali Kazim). Sobre os cuidados do pastor Ivan (Mad Mikkelsen), cada condenado tem uma missão a cumprir durante sua estadia. Adam escolhe fazer uma torta de maçãs. E nada poderia ser mais simples do que uma deliciosa torta de maçãs.
Sobre o diretor: Anders Thomas Jensen nasceu em 6 de abril de 1972, na Dinamarca. Estudou programa para roteiros na Escola Nacional de Cinema da Dinamarca e ainda estudante escreveu seu primeiro trabalho para a televisão. Estreou profissionalmente em 1996 com curtas, conseguindo uma indicação ao Oscar por Ernst & Lyset. Mas só ganhou esse prêmio em 1999 com o curta Valgaften. Depois de escrever vários roteiros, estreou como diretor em 2000, com Blinkend lygter. Adam’s Apples foi premiado no Festival de Hamburgo. Participou da 24ª Mostra como roteirista do filme O Rei está Vivo, de Kristian Levring.
Veja aqui o Trailer
'Sou um crente verdadeiro', diz Bob Dylan
Receita do disco 'Christmas in the heart' será revertida para a caridade.
Bob Dylan teceu reflexões sobre natais passados, almoços com peru e suas canções natalinas favoritas em uma entrevista rara publicada por uma revista para pessoas sem-teto, publicada nesta quinta-feira (26). O cantor de 68 anos deixou fãs e críticos perplexos com seu novo álbum, "Christmas in the heart", uma coleção de canções tradicionais de Natal cantadas em sua voz rouca e gutural.
O álbum natalino também reforçou as especulações entre os "observadores de Dylan" em torno da religião atual do cantor, se é que ele tem alguma. Entre 1979 e 1981 Dylan foi cristão evangélico e lançou três álbuns de temática religiosa. Ele disse ao entrevistador: "Sou um crente verdadeiro", mas não deu maiores detalhes.
Toda a receita deste novo disco será revertida para organizações de caridade para sem-teto e famintos nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e 80 países pobres.
Indagado sobre a razão de ter escolhido essas organizações, Dylan disse ao entrevistador: "Elas levam a comida diretamente às pessoas. Sem organização militar, sem burocracia, sem tratar com governos."
A entrevista exclusiva saiu na revista britânica "The Big Issue" e em jornais semelhantes distribuídos nas ruas na América do Norte.
"Christmas in the heart” - Album natalino de Bob Dylan
Bob Dylan disse que, embora seja judeu, nunca se sentiu deixado de fora do Natal quando era menino, em Minnesota. Ele recordou "muita neve, sinos de Natal, pessoas indo de porta em porta cantando canções de Natal, trenós nas ruas, sinos da cidade tocando, peças de teatro sobre o nascimento de Jesus."
Dylan falou que, para ele, um bom almoço de Natal tem peru assado com purê de batatas e molho, couve e todos os acompanhamentos tradicionais. As canções do álbum de Natal "fazem parte de minha vida, assim como as canções folclóricas", disse.
Por que o Natal tem as melhores canções? "Talvez porque o Natal seja algo que existe em todo o mundo e com o qual todo o mundo pode se identificar à sua própria maneira."
O lançamento do álbum natalino veio apenas intensificar o enigma de Bob Dylan, além de coroar um ano repleto de acontecimentos para ele.
O músico fez mais de 100 shows na Europa e América do Norte, dentro de sua turnê "Never Ending", e liderou as paradas na Grã-Bretanha e nos EUA com seu álbum "Together through life."
Em julho Dylan foi detido em Nova Jersey quando moradores viram um homem encapuzado perambulando em sua rua debaixo de chuva. O jovem policial chamado não reconheceu o compositor e cantor premiado com o Oscar e o Grammy.
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Fonte: G1