sábado, 29 de maio de 2010
Sete Mares
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A eterna epopeia do homem
De que vale o homem entender, cantar, escrever ou interpretar a alma feminina? Que fará mais ele da vida, depois de ter conseguido tal feito? Cantará feitos e glórias enquanto a vida passa? Pobre homem.
A grande - e eterna - epopeia masculina consiste na descoberta da alma de uma mulher. Nos jeitos, trejeitos, e rejeitos. Nas caras, na fala, e no silêncio. Jamais compreenderei a alma feminina.
Enquanto Jorges, Chicos, Tons e Vinícius, cantam as glórias de suas descobertas, eu sigo navegando sem saber quando, como, ou onde irei atracar. Refaço diariamente os cálculos e repenso as descobertas. Desfruto dos pequenos achados e reavalio os fracassos.
Da alma feminina não quero a glória. Sabe-se lá o que a alma de uma mulher nos guarda, e considero crime privar um homem dos prazeres dessas descobertas. Sou homem, sou navegador. Ela mulher. Mares nunca dantes navegados. Caminhando pelo seu corpo, guiado pela sua voz, ao som da sua respiração... vivo.