Por Alex Rodrigues
Ele corre de forma desesperadora. Alguém, pela janela, delicia-se com aquela cena. Ele continua correndo sem conseguir pensar em nada, a não ser, salvar sua própria vida. Entra em ruas, vielas, becos, mas nada é capaz de despistar aquela criatura que o persegue com uma sede voraz. Sede de que? Não se sabe, e eu creio que ele não queira ficar para saber, diante disso ele volta a correr, fugir, escapar, ou pelo menos tentar. Ao abrir uma distância considerável ele para, descansa... tenta recuperar o ar escasso dos pulmões, mas quase sem tempo de desfrutar do prazer que é respirar, ele volta a correr quando percebe que a criatura acaba de dobrar a esquina em sua direção. Ele não consegue parar, não pode parar, não vai parar... de repente tudo se escurece, e ele levanta suado, ofegante, como quem passara a noite fugindo de algo...ou alguém. Sentado na cama, ainda naquele processo de "retorno à realidade", ele coça os olhos e olha para ela, deitada ao seu lado, seminua, dormindo, é perceptível a delicadeza do seu mais profundo e tranquilo sono. Ao terminar de coçar os olhos em seu retorno ao deserto do real, ele espanta-se com o que vê, seu coração palpita em um som frenético de tambores africanos. Ela... aquela doce mulher acabara de encostar o cano da sua Browning HP35 na testa dele, e do canto esquerdo da sua boca, escorria uma dose de sorriso recheado de prazer. Seu olhar penetrante não precisava de interprete, estava claro o que ela queria dizer-lhe... "Te peguei!". Segundos depois, aquela máquina alemã cuspia da sua boca a bala que transpassaria todo o córtex cerebral daquele homem, sugando-lhe a vida, fazendo-o despencar quase que por completo, para fora da cama.
Ela agora estava feliz, satisfeita. Recostada na cabeceira da cama, desfrutava do prazer do seu feito, pensando em qual seria seu próximo objetivo. Ainda sentada, tendo às suas costas uma janela, onde ele acabara de passar correndo, ofegante, desesperado como quem foge de algo... ela deliciava-se observando aquela cena.
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Texto base para a produção do curta "Anima".
Ele corre de forma desesperadora. Alguém, pela janela, delicia-se com aquela cena. Ele continua correndo sem conseguir pensar em nada, a não ser, salvar sua própria vida. Entra em ruas, vielas, becos, mas nada é capaz de despistar aquela criatura que o persegue com uma sede voraz. Sede de que? Não se sabe, e eu creio que ele não queira ficar para saber, diante disso ele volta a correr, fugir, escapar, ou pelo menos tentar. Ao abrir uma distância considerável ele para, descansa... tenta recuperar o ar escasso dos pulmões, mas quase sem tempo de desfrutar do prazer que é respirar, ele volta a correr quando percebe que a criatura acaba de dobrar a esquina em sua direção. Ele não consegue parar, não pode parar, não vai parar... de repente tudo se escurece, e ele levanta suado, ofegante, como quem passara a noite fugindo de algo...ou alguém. Sentado na cama, ainda naquele processo de "retorno à realidade", ele coça os olhos e olha para ela, deitada ao seu lado, seminua, dormindo, é perceptível a delicadeza do seu mais profundo e tranquilo sono. Ao terminar de coçar os olhos em seu retorno ao deserto do real, ele espanta-se com o que vê, seu coração palpita em um som frenético de tambores africanos. Ela... aquela doce mulher acabara de encostar o cano da sua Browning HP35 na testa dele, e do canto esquerdo da sua boca, escorria uma dose de sorriso recheado de prazer. Seu olhar penetrante não precisava de interprete, estava claro o que ela queria dizer-lhe... "Te peguei!". Segundos depois, aquela máquina alemã cuspia da sua boca a bala que transpassaria todo o córtex cerebral daquele homem, sugando-lhe a vida, fazendo-o despencar quase que por completo, para fora da cama.
Ela agora estava feliz, satisfeita. Recostada na cabeceira da cama, desfrutava do prazer do seu feito, pensando em qual seria seu próximo objetivo. Ainda sentada, tendo às suas costas uma janela, onde ele acabara de passar correndo, ofegante, desesperado como quem foge de algo... ela deliciava-se observando aquela cena.
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Texto base para a produção do curta "Anima".
o_O Mama mia... esse eu quero ver... =O
ResponderExcluirTomara que saia... se sair a tempo do Curta no Varal, ou do CurtaCOM, eu inscrevo! ;)
ResponderExcluirjá ouvi essa estória oÔ
ResponderExcluirNão sei se ficou clara a minha falta de posicionamento no texto. Até pensei em colocar um "ps" ao final :P
ResponderExcluirNa verdade, eu não faco ideia de como vai ser o futuro, aquilo ali era so pra sondar as opinioes de quem quisesse se pronunciar. Acho que mudança de valores demora muito para se consolidar, e que nao há nenhuma certeza se se trata de uma evolução ou involução.
Prefiro acreditar que cada um vai vivendo e escolhendo o que é melhor para si. Ainda não é certeza (e talvez nunca seja), mas tenho uma ligeira impressao de que a busca por um parceiro(a) para uma relação monogâmica ainda vale a pena.
=*
O comentário de Diana é sobre meu comentário no blog dela. No post: "a monogamia no admirável mundo novo do século XXI" [link]=> http://inexpressividades.wordpress.com/2009/09/16/a-monogamia-no-admiravel-mundo-novo-do-seculo-xxi/#comment-32
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