quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

vinteeseisdenovembrodedoismileonze


Tudo começou quando numa noite de verão nos sentamos à beira mar e olhamos a lua cheia. Sorrimos, gritamos, cantamos, brincamos, e resolvemos namorar. Namoramos, namoramos, namoramos... Até que um dia resolvi fazer-lhe uma surpresa. Encomendei as melhores flores, os chocolates mais caros, pedi pra sair do trabalho mais cedo, vesti minha melhor roupa, e corri para o trabalho dela. Chegando lá, sua mesa já estava abarrotada com os presentes que eu havia enviado. Percebendo o semblante de euforia em seus lindos olhos, e o belo sorriso que ensaiava sair da sua boca, decidi aproveitar esse momento. Ajoelhei-me diante de todos os seus colegas de trabalho – inclusive daquela encalhada do setor pessoal que vive falando mal da vida alheia – e disse de uma vez só: “Suylannie, casa comigo?”. Assim mesmo, rápido e rasteiro, antes que o nervosismo tomasse conta de mim e trouxesse a gagueira a tona.


Alguns breves - mas não tão rápidos - momentos se passaram até que por fim a resposta refletisse nos seus olhos e explodisse na sua boca. “Sim!”. Sim... Ela disse sim! Pronto... Está feito! Ela disse sim!


Considero-me agora um bom canalha. Pois toda essa história muy bela não passa de ficção. Exceto pelos detalhes (os lindos olhos e o belo sorriso) da menina moça Suy. O fato é que nunca começamos a namorar numa praia... Digamos que tenha sido numa quadra de basquete. Como bom canalha, nunca lhe dei flores. Já dei beijos, abraços, cacarecos, bugigangas, livros, doces, e até um hamster guardado numa embalagem de quentinha. Mas flores... Nunca. Ou melhor, lembro-me agora de um dia ter lhe dado um botão de rosa. É... Acho que foi. Mas enfim! Assim como nunca dei-lhe flores, também nunca ousei comprar os chocolates mais caros, nem ao menos vestir minha melhor roupa... Tudo isso nunca foi necessário por um simples motivo. Eu nunca pedi que ela se casasse comigo. Pelo menos não com toda a pompa e firulas que os pedidos costumam ter. Em diversas conversas que tivemos em momentos que não faziam o menor sentido. Virava-me para ela e perguntava: “Casa comigo?”. E ela sempre respondia sim.


E é com este texto sem pé nem cabeça, que eu (Alex) e ela (Suy) inauguramos este blog¹, para falar de mim, dela, de nós dois, deles, de alguém, de ninguém, mas principalmente de coisas relacionadas ao nosso casamento, programado para ser realizado daqui a um ano e sete dias. E será nesse dia 26 de novembro de 2011, que eu deixarei de ser um canalha mentiroso que inventa histórias por nunca tê-las vivido, e passarei a ser o cara que ouviu um “sim”, quando numa madrugada de sexta-feira, escrevendo um texto para um blog, afiou os dedos, escolheu as teclas, e digitou... SUYLANNIE, QUER CASAR COMIGO?

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¹Texto que escrevi para a minha pequena, e foi postado no blog dela.
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2 comentários:

  1. Olha, se a história real fosse a primeira narrada eu nem ia achar tããããããããã bonito assim!
    Mas com toda essa sinceridade e simplicidade, que só os muito sábios conseguem expor através de palavras, eu digo: sim, isso é bonito! =)

    Alex e Suy, parabéns! E deixo-vos um paradoxo: que o tempo até o grande dia diminua, e que todas as coisas boas aumentem! =)

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  2. Ambas histórias são bonitas, mas vc pode assim mesmo comprar as flores favoritas dela para enfeitar o dia que passa ou mesmo a nova casa.
    ;)

    Sejam felizes, gosto muito de vocês.

    =*

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