sexta-feira, 30 de julho de 2010

Causa mortis...


Respiração ofegante. Veias salientes ameaçavam saltar da sua testa, irrigando de vermelho todos os pensamentos que tentava ter. Suor. Os batimentos cardíacos aumentavam à medida que as idéias diminuíam. Dor. Um engarrafamento sãopaulesco começava a surgir em sua metrópole neural. Calafrios. Um caos de idéias estagnadas pelo trabalho excessivo desertificava as plantações localizadas na área rural do cérebro do sujeito. Alucinações.

E com o parar do tempo, os sintomas se intensificavam. A boca seca salivava. Mal-humorado, atirava sorrisos para todo mundo. A família já não se continha de tanta preocupação. Os amigos começavam a se distanciar. Os médicos não conseguiam diagnosticar uma possível patologia.

...

Em dias de julho, um sujeito acaba de dar entrada na UTI do maior hospital do país especializado em doenças desconhecidas. Horas depois o médico sorridente e cauteloso comunica à família o falecimento do sujeito. “Causa mortis: Parada cardioinspiratória”.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Suco de mim



As lágrimas são o néctar da alma. Chorando, esprememos nosso ser, e derramamos em lágrimas, sucos de nós mesmos.